Qualquer prescrição de exercício é efetuada para melhorar a condição física e promover a saúde pela redução dos fatores de risco para doenças crónicas (por exemplo hipertensão, diabetes tipo 2), bem como para assegurar a segurança dos praticantes em programas de exercício físico. Com base em interesses individuais, necessidades em termos de saúde e estado clínico estes propósitos comuns não assumem o mesmo peso.
Para indivíduos sedentários, com risco de desenvolver prematuramente doenças crónicas, a simples adoção de um estilo de vida ativo pode proporcionar importantes benefícios de saúde, o que representará um objetivo mais atingível do que conseguir um VO2max elevado.
Em qualquer caso, a individualização dos objetivos deverá ser o principal alvo de qualquer programa de exercício físico.
Os componentes essenciais de uma prescrição individualizada são o modo, intensidade, duração, frequência e progressão do exercício físico.
Estas componentes designadas de variáveis estruturais do treino, devem ser aplicadas em qualquer processo de prescrição de programas de exercício físico para indivíduos de todas as idades e níveis de condição física.
A prescrição ótima é determinada por uma avaliação objetiva da resposta do sujeito ao exercício incluindo observações da Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial (PA), Perceção Subjetiva do Esforço (RPE), Eletrocardiograma (ECG) – quando aplicável – e VO2max medido diretamente ou estimado mediante prova de esforço.
Finalmente, a prescrição deve ter por base uma equação cuidada do estado de saúde do individuo (incluindo medicações), fatores de risco, características comportamentais, objetivos pessoais e preferências por exercícios.
Exposição do tema e assunto aqui abordado por:
Filipe Batalha e Solange Santos. Especialistas em Musculação e Cardiofitness, Treino Personalizado e Populações Especiais.
Referencias Bibliográficas
ACSM (2000a). ACSM`s Guidelines for exercise testing and prescription – Baltimore: Lippincott Williams and Wilkins