Por vezes, e muitas vezes de forma inconsciente, tendemos enquanto pais, a fazer comparações entre o(s) nosso(s) filho(s) e os filhos dos outros. Alguns exemplos de comparações comuns: “devias esforçar-te mais como o X” / “vês como ele está mais magro?”/ “olha para aquele menino a portar-se tão bem, não está a fazer birra”.
Embora a intenção das comparações seja positiva, o seu impacto nas crianças pode ter o efeito contrário. Sem que nos apercebamos, estamos a criar no nosso filho frustração e, com o tempo, ele próprio passará a interiorizar estas comparações e, possivelmente, será um adulto que mede as suas conquistas com base na dos outros, pois foi esse o padrão que apreendeu.
Por forma a evitá-lo, ao invés de comparar o seu filho com outra criança experimente:
– Compreender o porquê de determinada situação estar a acontecer (ex: “tenho percebido que não te estás a esforçar muito na escola, está tudo bem? Há algo que te esteja a desmotivar?”/ “estou preocupado(a) com a tua saúde porque vejo que ganhaste um pouco de peso. Como te sentes em relação a isso?”/ “estou a ver que estás chateado, queres partilhar comigo o porquê disso estar a acontecer?”);
– Validar os sentimentos/emoções do seu filho (ex: “compreendo que te sintas assim”, “tens direito a sentir-te chateado”);
– Sugira mudanças (“ex: “e se experimentarmos estudar os dois? Achas que isso te iria ajudar a sentires-te mais motivado?” / “talvez se fossemos a uma consulta de nutrição a doutora nos conseguisse ajudar a perder algum peso para que te sintas melhor” / “se fizéssemos X achas que irias ficar menos chateado?”).
Estarmos mais conscientes destas comparações é o primeiro passo para evitá-las. Muitas vezes na nossa própria infância sentimos o peso das comparações e, por isso, e de forma inconsciente, acabamos por replicá-las nos nossos filhos. Quebre o ciclo!
Para mais esclarecimentos, agende a sua consulta de Orientação Parental.
Dra. Stéphanie Costa
CP 24088
